PROFESSORA DO FUTURO

PROFESSORA DO FUTURO,

O que importa é quem você é, não importa qual profissão você exerce ou o que você estudou ou estuda, o que importa é o que está em seu coração, não desqualifique nenhum ser, todo mundo tem algo a ensinar e algo a aprender.

domingo, 21 de novembro de 2010

RELATÓRIO DO PLANO DE AULA DE HISTÓRIA

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE EPRNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
PROFESSOR: RICARDO PACHECO
DISC.: Metodologia do Ensino de História II
Aluna: Cristiane Gonçalves Pereira
RELATÓRIO DE HISTÓRIA
INTRODUÇÃO
            O plano de aula anterior previa para que os alunos escrevessem as próprias observações do filme ( Carlota Joaquina) e do curta (Doce Brasil Holandês), após terem assistido  e seguido as orientações, trazer para a sala suas observações para serem debatidos com os outros, porém, os alunos que trabalho estão no processo de  apreensão do SEA ( Sistema de Escrita Alfabética), ou seja, ainda não sabem escrever sozinhos e fazer essa leitura dos filmes, então não seria viável este plano para eles. Foi feito uma adequação do próprio plano para que pudesse ser executado em sala.
            Nessa adequação os objetivos continuaram os mesmos, ou seja, contempla o sujeito como agente histórico em seu contexto social, o entendimento da importância de Pernambuco no período colonial e o conhecimento da sociedade e seus padrões sociais deste período.
            Na primeira semana – fizemos a roda de conversa para poder trabalhar o tema com eles (alunos), onde falamos sobre o período da colonização do Brasil, a chegada da família Real, a importância de Pernambuco nesse período colonial e a sociedade. Antes, a professora-regente  já tinha trabalhado com eles a “descoberta do Brasil” e a chegada dos portugueses ao Brasil, o período de escravatura e o Brasil como colônia de Portugal.
            Após essa verificação do que foi trabalhado, falamos sobre o filme que seria passado para que eles observassem os modos de vestir e se comportar, a chagada da família real, o que eles percebiam do contexto histórico.
            Foram trabalhados também alguns texto que falassem do período em que Pernambuco estava em alta com a administração de Duarte Coelho e a invasão holandesa até sua expulsão ( um texto a cada semana).
            Na segunda semana foi revisado que tinha sido trabalhado na semana anterior e foi entregue para eles uma folha que continha algumas perguntas para que fossem feitas uma entrevista com os pais ou os avós, e trouxesse na próxima semana.
            Trabalhamos o texto que falava da capitania de Pernambuco, como era governada e que pertencia a corte portuguesa sobre a economia como era nesse período e o que era feito para a coroa manter o padrão de vida deles.
            Na terceira semana eles entregaram as entrevistas e conversamos sobre os curta que eles veriam nesse dia, o primeiro foi sobre a família real no Brasil e o outro sobre a batalha dos Guararapes, foram curta de 15 a 20 minutos de duração,.após a apresentação dos vídeos, conversamos sobre o que foi observado nos vídeos e nas cenas, o contexto em que se passava o filme, será que era igual ao de hoje, o que  eles acharam das roupas, se fosse hoje eles usariam tal vestimenta, e as respostas foram dadas segundo a percepção de cada aluno sobre o que eles estavam assistindo.
            Na quarta semana, direcionamos as observações para a construção coletiva do texto, cada um com suas entrevistas foram falando o que os pais escreveram, alguns que sabiam ler ajudaram os colegas que não sabiam, colocamos no quadro as respostas depois foi realizado um paralelo com as cenas do filme e os vídeos assistido.
            Com as observações e os vídeos assistidos, construímos o texto coletivo, e analisamos os padrões sociais da época, claro, numa perspectiva infantil, não muito aprofundada, mas bastante proveitoso do que eles entenderam da importância de Pernambuco.
            Os textos selecionados foram adaptados numa linguagem acessível para que eles entendessem o que estava lendo junto com seus pais.
ANÁLISE DA AÇÃO
            O plano de aula foi adequado para que fosse viável a sua execução, realmente, foi viável, porém, senti dificuldade na execução, mesmo que as crianças respondessem as perguntas e fossem direcionadas as suas observações do que foi assistido, senti que faltou algo para que tivesse realmente uma interação. Não houve dúvida quanto ao interesse e a curiosidade da turma, principalmente no referente às roupas e as batalhas acontecidas em Pernambuco, mas faltou algo que complementasse sua interação
            Segundo a professora-regente, a proposta foi boa, e com o auxilio dela  os alunos interagiram de acordo com sua idade cronológica e sua maturidade, mesmo que tenha sido exigido um pouco mais deles.
ANÁLISE
            Segundo Libâneo “devemos entender a aula como o conjunto dos meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da atividade própria do aluno no processo de aprendizagem escolar (...)”, concordo com ele quando fala que é um conjunto de meios, sim, realmente, é através dos meios que podemos possibilitar a assimilação do conteúdo que estamos trabalhando em sala, porém, não é tão fácil essa articulação. O professor deve estar consciente com o que realmente deseja que seu aluno assimile.
            Quando Libâneo fala que “a aula é toda situação didática na qual se põem objetivos, conhecimentos, problemas, e etc, com fim formativo e instrucional que incita crianças e jovens a aprender, é falando justamente dessa organização e consciência que o professor deve ter ao planejar sua aula.
            Ressaltando que a introdução da aula tem que antes ser explicitada pelo professor para que o aluno tenha uma prévia do que será trabalhado com eles, o planejamento segundo Libâneo tem  5 etapas a ser seguida: a primeira de preparação para a introdução do tema, a segunda de transmissão e assimilação, a terceira de articulação entre as fases (consolidação,recordação,sistematização,fixação e aplicação), a quarta é o trabalho com matéria (exercícios,recordação,memorização) e a última seria a avaliação e controle.
            No plano de aula que foi trabalhado em minha turma, houve uma preparação previa do tema que seria trabalhado, depois foi utilizado de meios que levassem ao aluno a visualizar o tema que seria trabalhado, tendo também, a articulação entre uma semana e outra que é denominado por Libâneo de Articulação entre fases, o trabalho na construção  do texto que o autor fala nos exercícios, recordação e memorização e por último a avaliação – que foi a discussão em turma e a apresentação do texto construído por eles, as etapas foram seguidas, porém, acho que poderia ter trabalhado e explorado melhor o tema se tivesse utilizado outro meio de seqüência didática com a turma.
            Foi claro os objetivos que foram trabalhado e a sua aplicação foi viável na medida do possível, já que um plano de aula, ele não precisa ser fixo, tem que ter uma flexibilidade para se poder trabalhar, e isso exigi do professor estar preparado para essa mudança.
           

Um comentário:

  1. Foi bom chamar o Libâneo para a análise. Poderias explorar mais como o 'modelo' proposto pelo autor é visível no teu plano.
    Abraços, Ricardo

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